Nos primórdios da Igreja de Deus um santo Doutor da Igreja dizia que há três formas de servirmos ao Senhor: Como um mercenário, cujo serviço espera uma pagamento ou recompensa, como um escravo, que serve por obrigação e submissão ao seu Senhor ou como um servo, que serve com amor e por amor.
Iniciando uma caminhada na Santa Igreja e por inúmeras vezes acabamos criando perguntas como essas em nosso coração e passamos a procurar a melhor forma na qual podemos servir à Deus. Talvez por algum modelo que seguimos ou por nos encantarmos a algum serviço dentro da Igreja acabamos associando a ideia de serviço com grandeza, o que pode, no final, se tornar algo muito prejudicial à nossa fé.
Quando assimilamos essas ideias de grandeza e serviço deixamos em muitos ponto daquilo que fazemos por procurar níveis de aparência, status, renome e até mesmo certa fama por parte do povo, esquecendo-nos de que o objetivo principal do nosso ministério está no proporcionar um encontro pessoal com o Cristo e Sua Igreja na vida das pessoas, e não um encontro com a nossa pessoa e a nossa imagem.
O capítulo 7 do Evangelho Segundo Mateus vem nos orientar, através das Palavra de Jesus, que nem todo aquele que diz "Senhor, Senhor" entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade do Pai. Vejo que este versículo vem com um olhar direto para aqueles que estão empenhados no serviço e abraçaram um ministério na Igreja para evangelização. Podemos dizer que servir ao Senhor não consiste somente no ato de difundir Seu Santo Nome às pessoas, não se baseia somente em fazer belíssimas pregações, entoar cantos de louvor e oração ou até mesmo escrever diversos livros ou artigos para evangelização. É muito fácil para um cristão, seja jovem ou não, falar de Deus e anunciar a Boa Nova estando dentro da Igreja ou ao redor de pessoas que desejam ouvir, porém, o desafio e até mesmo o prazer de servir ao Senhor encontra-se ainda mais necessitado em outro lugar.
Quando interrogado pelo povo que lhe perguntava como servir ao Senhor, São Francisco de Assis sabiamente orientava dizendo que para servir à Deus basta fazer poucas coisas, mas fazer bem feito e esse é o segredo do serviço. Estar à serviço da Igreja é estar a disposição de seu povo, de seu rebanho, é estar pronto para fazer dos gestos mais simples, como dar um simples prato de comigo a quem tem fome, uma prova viva da fé. Fazer bem feito é fazer com amor sem se preocupar com a aparência e o reconhecimento que irá adquirir.E aí irmãos, temos servido ao Deus que habita em nosso irmão?
Temos estado à disposição de tudo que o Senhor nos confia?
Levados pela emoção de um primeiro encontro com o Senhor, no início de nossa caminhada é sempre fácil apresentarmos uma resposta positiva ao chamado, porém, com o peso da caminhada e as dificuldades do serviço nossa resposta torna-se prova de fé e amor.
Servir requer sacrifícios...servir requer renúncias!
Não há como servirmos com amor sem nos esvaziarmos daquilo que afasta o Amor Maior de nós, dos vícios e propostas fáceis que interferem na entrega de nosso trabalho a Deus.
E aí meu irmão, estamos verdadeiramente preparados para servir ao Senhor?
Colocamos o amor como centro de tudo aquilo que realizamos?
Encerro esta postagem com as mesmas palavras que Francisco encerra sua missão em seu leito de morte: "Comecemos a servir ao Senhor, porque até agora muito pouco temos feito!"
Paz e Bem!
